RSS

GE 80Ton 3113

Fabricante: General Eletric, EUA

Ano de fabricação: 1956
Placa: 32774
Tipo: GE 80Ton
Bitola: 1,60m
Transmissão: Elétrica
Rodagem: B-B
Combustível: diesel
Procedência: EFSJ, RFFSA e MRS

Breve histórico

Para atender a necessidade de se substituir a grande frota de locomotivas a vapor que realizavam manobras, a E. F. Santos a Jundiaí adquiriu 45 locomotivas diesel-elétricas da GE em 1956.

Tratavam-se de variações do modelo conhecido como “70-ton”, desenvolvido pela GE nos Estados Unidos na década de 1940 para serviços em ramais com linhas de trilhos leves ou de pequeno movimento e em indústrias.

Numeradas inicialmente como 1 a 45, as 15 primeiras eram de “64-ton”, para operação nos ramais industriais com trilhos leves e, as demais 30, de “80-ton”. As locomotivas eram praticamente idênticas entre si, sendo a grande diferença entre elas o peso total.

Originalmente todas eram equipadas com motor Cooper Bessemer de 6 cilindros com 720 hp e transmissão elétrica GE. Possuíam posto de comando duplo na cabine, sendo que as locomotivas de números 36 a 45 eram ainda equipadas com tração múltipla, característica essa que foi eliminada ao longo do tempo.

Logo que chegaram foram apelidadas pelos ferroviários como “Lambretas” em alusão às motocicletas populares italianas que faziam sucesso na década de 1950.

Na década de 1980 algumas passaram atuar nos serviços de apoio ao transporte de subúrbios, sendo integradas posteriormente à frota da CBTU, hoje CPTM.

Com a implantação do Projeto Sigo em toda a RFFSA, as 45 locomotivas foram então renumeradas na série de 3081 a 3125 (com mais um dígito verificador) na sequência das outras locomotivas GE de pequeno porte.

No final de 1982, a RFFSA aproveitando motores 251 de 6 cilindros e 1.000hp do Programa Bombardier para a repotencialização de locomotivas ALCO RS-8 e RSD-8 da SR-1 (Recife), iniciou a repotencialização das “Lambretas”, serviço esse efetuado pela GE em Contagem, onde foi feita a troca dos motores Cooper Bessemer das locomotivas 3100 e 3109. Como o compartimento do motor teve de ser elevado para abrigar o novo motor diesel, essas locomotivas ficaram logo conhecidas como “Lambretões”. Depois dessas duas locomotivas iniciais, apenas no final de 1996 foi concluída a terceira, a 3125.

Até 1996, todas as “Lambretas” e “Lambretões” permaneceram somente nas linhas e ramais da antiga Santos a Jundiaí; com a concessão das ferrovias a partir de 1 de dezembro de 1996, a MRS Logística S. A. assumiu e deu continuidade ao programa de repotencialização, sendo mais quatro locomotivas convertidas pela Tecfer em 1997 e 1998: as de números 3098, 3106, 3113 e 3120.

Com a MRS, as “Lambretas” e “Lambretões” saíram da antiga E. F. Santos a Jundiaí, passando a serem usadas também no Ramal de São Paulo, na Linha do Centro e até mesmo na Ferrovia do Aço.

Já com a idade avançada e a baixa capacidade de tração perante os padrões atuais bem como de confiabilidade e disponibilidade, as velhas locomotivas começaram a ser retiradas de serviço e posteriormente desmontadas, restando pouquíssimas unidades atualmente. Na MRS ainda estão ativas a “Lambreta” 3104 e as “Lambretões” números 3098 e 3106. A “Lambretão” 3120 está hoje com a Supervia no Rio de Janeiro.

Em setembro de 2024 a MRS em uma grande ação em prol da preservação da memória ferroviária nacional doou quatro “Lambretas” para a ABPF: a 3100, 3101, 3111 e 3113.

 

Os comentários estão desativados.