
Em Janeiro a regional Sul de Minas recebeu o Carro Restaurante CR-41, que foi transferido da Regional de Campinas. Este carro é original da RMV (Rede Mineira de Viação) e provavelmente circulou pelas linhas do Sul de Minas.
Nos seus últimos anos ficou em Três Corações – MG, quando foi então cedido para a ABPF e levado para a VFCJ (Viação Férrea Campinas Jaguariúna), chegando lá em 19 de Janeiro de 1997. Este carro segundo consta, recebeu uma leve reforma ainda em Lavras – MG e seria cedido a um particular em Três Corações para ser usado como lanchonete estática. No final este particular não retirou o carro e a ABPF solicitou o mesmo, que acabou sendo cedido junto com um carro administração. Esta cessão foi em grande parte graças ao Eng. Murta que ajudou em muito a ABPF, ele era o engenheiro que cuidava da via permanente no ramal de Cruzeiro, .
Na ABPF – Campinas ele foi restaurado, onde recebeu a pia, sistema hidráulico e sistema elétrico, passou então a ser usado nos trens operados na ferrovia por algumas décadas.
No momento o carro esta guardado em São Lourenço, nas oficinas. Ainda não foi decidido como será usado nas operações do Trem das Águas, mas assim que tivermos uma definição, iremos anunciar aqui no site!
Além do carro, recebemos diversas fotografias de diversos colaboradores, que ajudam a ilustrar um pouco da trajetória desse carro, desde a RFFSA até São Lourenço. Abaixo reproduzimos as fotos:
Após sua longa trajetória na VFCJ, o carro foi então transferido para a ABPF – Sul de Minas, retornando as suas linhas originais, a seguir, algumas imagens da transferência:
É importante frisar o trabalho pioneiro da ABPF no inicio dos anos 80 em levar todo o material da RMV que foi possível resgatar para a VFCJ, trabalho que garantiu a preservação de todo este rico acervo. Sem este trabalho pioneiro, provavelmente hoje mal existiriam fotos do material rodante da RMV, quem dirá os bens em si.
Apesar de ser uma alegria para todos termos um carro original da Rede Mineira em São Lourenço, não existe previsão de re-alocar mais material rodante e nem intenção para que isto ocorra. O objetivo da ABPF sempre foi a formação de museus dinâmicos e para enriquecimento destes, é fundamental que se tenha exemplares das mais diversas ferrovias Brasileiras a disposição em cada museu.
Outro fato importante é que a ABPF apesar de ser dividida em regionais, trata o seu patrimônio como sendo de uma única entidade, a ABPF. Assim, os mais diversos materiais são alocados de uma regional para a outra conforme as necessidades de cada uma e o mais importante: considerando-se a integridade do material e onde ele vai ter as melhores condições de ser preservado.
O carro em questão foi transferido em comum acordo entre as regionais, a regional de Campinas precisa do espaço e já possui outros exemplares da RMV e no caso da regional Sul de Minas, não existe nenhum carro restaurante no acervo e apenas um carro RMV (que não se encontra em condições operacionais).
Mais uma vez agradecemos a Regional de Campinas pelo suporte e em especial ao Helio Gazetta, que cuidou pessoalmente da transferência do carro.
As fotos foram gentilmente cedidas por: Helio Gazetta Filho, Vanderlei Alves, Vanderlei Zago, Jorge Ciawlowski e Edelmo Dias de Freitas.
Aloizio Barros de Souza
18 de março de 2015 at 18:19
Parabéns a todo o pessoal da ABPF Sul de Minas, por mais esta bela aquisição. Em breve estare ai para ver de perto esta relíquia.
bcsanches
19 de março de 2015 at 11:28
Obrigado Aloizio!
Julio Moraes
18 de março de 2015 at 19:38
Congratulações pelo empreendimento, e sobretudo pela explicação simples e direta da política de preservação da ABPF.
bcsanches
19 de março de 2015 at 11:29
Obrigado Julio!
Danilo Ribeiro da Silva
19 de março de 2015 at 15:15
Eu tive o privilégio de trabalhar como voluntário neste carro durante um ano e meio em companhia da amiga Renata na regional de Campinas, parabéns pela iniciativa de retornar este carro a sua via de origem.
bcsanches
19 de março de 2015 at 16:04
Obrigado Danilo!
Salles
19 de março de 2015 at 16:47
Semana Santa vou em SL. Será que o Edelmo permite visitá-lo?
bcsanches
19 de março de 2015 at 16:49
Acredito que sim, não tem porque não. Me confirme se for mesmo que aviso o pessoal lá.
Aloizio Barros de Souza
19 de março de 2015 at 17:05
Opa, me inclua nessa visita por favor. O Edelmo é uma pessoa sensacional e tenho que dar a ele uma foto da 327 quando foi restaurada pela RFFSA nos anos 80. estive lá outro dia mas não levei o quadro.
Evandro Maciel Pereira
20 de março de 2015 at 19:46
Parabéns! Iniciativa de muito valor para o nosso patrimônio histórico.
bcsanches
24 de março de 2015 at 12:18
Obrigado!