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Arquivo da categoria: Oficinas de Cruzeiro

Troca de rodeiros do carro restaurante

Uma grande mobilização da equipe das oficinas de Cruzeiro aconteceu na segunda quinzena do mês de setembro de 2025 para se realizar a revisão do carro restaurante fabricado pela Pullman que atualmente circula no Trem de Guararema. Após de um longo planejamento, o carro RC-3304 finalmente recebeu novos rodeiros para substituir os antigos, que já estavam próximos do final da suas vidas úteis.

Os rodeiros revisados chegando em Guararema.

Foi um longo processo que se iniciou nas oficinas de Cruzeiro, separando rodeiros para troca, envio desses para Paulínia/SP onde passaram por ajustes em uma empresa especializada, incluindo torneamento da superfície de rodagem, ajuste de bitola interna e revisão de rolamentos.

O carro já erguido e sem um dos truques.

Alguns imprevistos surgiram mas, finalmente foi realizada a troca em Guararema na quinta e sexta-feira, dias 25 e 26 de setembro, o que incluiu mobilizar praticamente toda oficina de Cruzeiro, deslocar com equipamentos e pessoal para Guararema, erguer o carro, remover os truques, trocar os rodeiros. Na oportunidade, foram instaladas também novas sapatas de freio.

Serviço de substituição dos rodeiros.

Efetuada a revisão completa, foram realizados os testes de freio e por fim, inspeção pela corpo técnico da concessionária da linha e o carro foi então novamente liberado para o tráfego.

Rodeiros e novas sapatas de freio já instalados.
O carro pronto, já devolvido ao tráfego.

 
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Publicado por em 8 de dezembro de 2025 em Material Rodante, Oficinas de Cruzeiro

 

Pré-estreia do Expresso Mantiqueira

– O Expresso Mantiqueira se aproximando da estação Rufino de Almeida, logo após passar pelo túnel nº1

Aconteceu nos dias 05 e 06/07 a pré-estreia do Expresso Mantiqueira, em Cruzeiro/SP; as datas marcaram também a realização do 1º Encontro de Ferromodelismo daquela cidade. Pela primeira vez em décadas um trem com passageiros circulou no trecho entre a estação central de Cruzeiro e a estação Rufino de Almeida.

– Ao longo dos dois dias, grande público também prestigiou o 1º Encontro de Ferromodelismo de Cruzeiro

Tal acontecimento corou com pleno êxito essa primeira etapa do ambicioso projeto abraçado pela ABPF – Regional Sul de Minas: recuperar a antiga Minas e Rio Railway entre o km 0 (estação de Cruzeiro) e o km 25 (estação Coronel Fulgêncio, em Passa Quatro/MG), que permitirá então a circulação de trens turísticos entre as duas cidades.

– O evento aconteceu na plataforma da estação de Cruzeiro, de onde também partia o Expresso Mantiqueira

Nessa primeira etapa, foi feita toda a recuperação e organização do pátio da estação de Cruzeiro e a recuperação do trecho entre esta e a estação Rufino de Almeida, totalizando 6km de ferrovia inteiramente recuperados com muito esforço e dedicação da associação. Contou-se também com o apoio da CPTM e da prefeitura de Cruzeiro, que foram importantes aliados nessa tarefa hercúlia, aos quais agradecemos muito.

– O Expresso Mantiqueira ao longo do trajeto em um dos passeios realizados com o público

Ao logo dos dois dias, foram feitos 14 passeios (ida e volta) nesse trajeto, atraindo grande número de passageiros, sendo a pré-estreia portanto um grande sucesso, o que motivou a abertura de novas datas para realização do passeio.

– O “mundo ferroviário” em miniatura atraiu grande público, que se encantou com as maquetes

O 1º Encontro de Ferromodelismo também foi um grande sucesso, com diversos expositores, comerciantes além de grande público. Na oportunidade, todo o pátio e acervo da ABPF ficou aberto ao público, que pode conhecer um pouco mais sobre a história das ferrovias brasileiras bem como sobre o trabalho desenvolvido pela associação.

– Uma das grande atrações do evento foi sem dúvida a locomotiva 3901 disponibilizada pela MRS

Abrilhantando ainda mais o evento, a MRS Logística S/A disponibilizou a locomotiva GE C44EMi número 3901 – a primeira locomotiva zero km adquirida pela empresa em 2006 – para visitação, onde então o público presente pode conhecer toda a locomotiva por dentro e por fora com monitoria de colaboradores, que explicaram sobre o funcionamento da máquina e da ferrovia, proporcionando momentos memoráveis aos que pela primeira vez puderam conhecer de perto uma moderna locomotiva diesel-elétrica. Deixamos aqui registrados os nossos agradecimentos à MRS Logística e a todo o seu time por todo o apoio dado.

– Parte da equipe responsável pela realização do Expresso Mantiqueira e pela recuperação da ferrovia

E assim, mais um importante capítulo da história das ferrovias do país vai sendo resgatado, com essa ferrovia de mais de 140 anos voltando a vida, além de locomotivas, carros e vagões igualmente historicamente significativos. Nossos agradecimentos à todos que acreditaram e apoiaram essa ideia, a todos os que estiveram presentes nos dias do evento e todos os que embarcaram no Expresso Mantiqueira.

Alguns vídeos sobre a pré-estreia do Expresso Mantiqueira e o 1 Encontro de Ferromodelismo de Cruzeiro:

 
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Publicado por em 15 de julho de 2025 em Cruzeiro, Turismo

 

Mais trabalhos na locomotiva 353

– Árduo trabalho de limpeza e desincrustração da locomotiva 353.

Prosseguem os trabalhos na locomotiva nº 353 onde avançou o processo de desmontagem e principalmente o de limpeza, com desincrustação, removendo décadas de sujeira e corrosão acumuladas.

– Exemplo da quantidade de sujeira que está saindo da locomotiva.

Durante a desmontagem, já vão sendo identificadas as peças que estão com desgaste e necessitam reparos ou substituição, como buchas e pinos do sistema de suspensão. Durante esta etapa é feita também a marcação das peças para a futura remontagem da locomotiva.

– Novas buchas já vão sendo confeccionadas e montadas. Detalha das buchas antigas acima da peça.

Também nessa etapa já vai sendo realizado um exame minucioso do longeirão e demais componentes em busca de trincas e pontos que necessitem de atenção especial.

– Aspectos do antes e depois da limpeza: com isso é possível se observar possíveis danos escondidos.
– Aspectos do antes e depois da limpeza do jogo de arrasto da locomotiva.

Outra parte interessante é que vão surgindo também marcações originais da EFCB, bem como do fabricante.

– Detalhe das marcações: à esquerda, feita pela EFCB e a direita já feita pela ABPF.

Muito provavelmente a última vez que a 353 passou por uma manutenção completa assim tenha sido em 1951, que foi provavelmente a ultima vez que ela teve os aros trocados, data com base nas datas marcadas nos mesmos. Foram cortados dois segmentos desse aro onde se encontravam as marcações para serem guardados e posteriormente expostos no museu ferroviário que está sendo constituído em Cruzeiro/SP.

– Detalhe das marcações: na roda, feita pela própria Baldwin e no aro, pela EFCB quando de sua última troca, efetuada em 01/11/1951. À direita, os seguimentos que serão guardados.

Um desses aros já foi solto de uma das rodas para ser retirada uma amostra para análise química da composição do material e se determinar qual foi o método de fabricação.

– Um dos rodeiros motrizes já sem um dos aros.
– Aplicação de graxa especial para preservação das mangas de eixo e dos pinos motores.

Todo o trabalho é feito de forma organizada e planejada, sempre um passo a frente dos serviços em si; como exemplo, a timoneria de freio foi remontada fora da locomotiva afim de se verificar os pontos que necessitarão de antenção/correção, estudando-se de antemão onde serão confeccionadas novas buchas, pinos, será feito preenchimento ou até mesmo substituição completa do componente, evitando assim que a equipe fique aguardando definições do que e de como será feito, não atrasando a reforma.

– Estudos da timoneria de freio; no destaque, exemplo de ponto que necessitará de atenção.

A cada dia novos progressos são conquistados e, conforme andamento serão mostrados aqui. Os trabalhos estão se desenvolvendo muito bem e aos poucos a 353 vai ganhando vida nova.

 

Trabalhos na locomotiva 353

O ano de 2025 se iniciou a todo vapor nas oficinas da ABPF em Cruzeiro/SP. Com a finalização da reforma da ALCO RSD8, a boa evolução dos trabalhos de reforma da GE 44Ton e a colocação em condições operacionais de uma das “Lambretas” doadas pela MRS Logística (que inclusive esta já tem trabalhado em manobras na oficina e já está dando apoio nos trabalhos da 353), foi possível abrir espaço e liberar parte da equipe para se dedicar a RG da locomotiva 353, popularmente conhecida como “Velha Senhora”.

A 353 já nas oficinas de Cruzeiro, sendo preparada para remoção dos rodeiros motrizes.

Desde o seu transporte no final de outubro de 2023, alguns trabalhos extras de desmontagem, remoção de tubulação da caldeira e alguns outros serviços menores já haviam sido feitos e, nos bastidores, veio sendo feito o planejamento de como fazer, de como executar e onde executar todos os trabalhos necessários. Vale lembrar que a 353 é uma locomotiva grande e foram necessários realizar ajustes na oficina, como por exemplo a aquisição dos equipamentos (macacos) para elevação da locomotiva dentre outros; tudo nessa locomotiva é muito grande e pesado.

Início do processo de levantamento da locomotiva para remoção dos rodeiros motrizes.
Locomotiva sendo erguida para remoção dos rodeiros motrizes.
Locomotiva sendo erguida para remoção dos rodeiros.

Para além, o pátio de Cruzeiro está bem congestionado, então tudo tem que ser pensado de forma a não se inviabilizar manobras e o acesso de outros veículos à oficina ou mesmo às linhas do pátio. Dessa forma a desmontagem da 353 teve que ser planejada de forma a ser possível movimentá-la em caso de necessidade, mesmo ela estando sem as próprias rodas por exemplo.

A locomotiva já sem o truque de guia.
Algumas das cunhas das caixas dos rodeiros motrizes já removidas da locomotiva.
O truque de guia da 353 já fora da locomotiva.
O truque de guia da 353 já carregado no caminhão para liberar espaço na linha para a retirada dos rodeiros motrizes.
Locomotiva sendo erguida e os rodeiros motrizes sobre os trilhos.
Rodeiros motrizes prontos para serem puxados para fora.
A “Lambreta” mais uma vez auxiliou nos trabalhos, puxando os rodeiros para fora.
A 353 já sem os rodeiros motrizes.
Recolocação do truque de guia para permitir a movimentação da locomotiva pelas oficinas.
A locomotiva já apoiada no truque de guia e no jogo de arrasto.
As enormes caixas e contra caixas da 353 já fora da locomotiva.

Com tudo organizado e planejado, chegou a hora da remoção dos rodeiros para começar a preparação para remoção dos aros e na sequência a fabricação e instalação de aros novos. A “Lambreta” recém colocada em funcionamento mais uma vez apoiou os trabalhos, sendo utilizada para puxar os rodeiros motrizes da 353 para fora. Foi uma operação demorada, pois em se tratando de uma locomotiva de quase 100 anos de idade, surpresas vão surgindo ao longo do processo.

 
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Publicado por em 24 de fevereiro de 2025 em Locomotiva 353, Oficinas de Cruzeiro, Restauração

 

Restauração da locomotiva 3507

A Associação Brasileira de Preservação Ferroviária – ABPF acaba de concluir a restauração de mais uma locomotiva histórica em suas oficinas localizadas em Cruzeiro/SP. Trata-se da 3507, uma locomotiva diesel-elétrica de origem norte-americana com 66 anos de idade.

Breve histórico

Trata-se de uma locomotiva diesel-elétrica modelo RSD-8 construída pela American Locomotive Company nos Estados Unidos em 1958 a pedido da então Cia. Paulista de Estradas de Ferro para utilização em suas linhas de bitola métrica. Após anos de serviço, foram vendidas para a então Cia. Mogiana de Estradas de Ferro a qual foi incorporada em 1971 a Ferrovia Paulista S.A. – FEPASA.

A partir de 1978, passou a trabalhar na Baixada Santista juntamente com as demais locomotivas de mesmo modelo. No início da década de 1990 a 3507 foi uma das locomotivas que passou a trabalhar no TIM – Trem Intrametropolitano entre as estações Ana Costa (em Santos) e Samaritá (em São Vicente).

Com o fim do TIM em 1999, a 3507 foi retirada de circulação e iria ser sucateada como foram as demais. Felizmente ela foi adquirida por uma empresa privada para ser utilizada em manobras de vagões no seu terminal no Porto de Santos. A locomotiva foi então reformada e recolocada em funcionamento.

Após anos trabalhando nas manobras com os vagões que entravam e saíam do terminal, a locomotiva foi retirada de serviço visto sua ineficiência (baixa potência) diante do grande aumento do volume de vagões a serem manobrados, o que motivou a sua colocação à venda. A ABPF passou então a negociar com o proprietário da 3507 e após alguns meses de conversas e acertos burocráticos foi feita a aquisição da mesma e, em dezembro de 2017 ela foi transportada de Santos para Cruzeiro.

– Operação de carregamento da 3507 no Porto de Santos em dezembro de 2017.
– Chegada da 3507 em Cruzeiro em dezembro de 2017.

Restauração

Em 2018 foram iniciados os trabalhos de restauração da locomotiva 3507, com limpeza geral, desmontagem de componentes para verificação, remoção da pintura para verificação do real estado da locomotiva (onde se constatou a necessidade da realização de um grande trabalho de calderaria, com substituição de diversas partes da chaparia que estavam comprometidas devido à corrosão causada principalmente pela maresia, já que ela trabalhou por muitos anos no litoral e dentro do porto de Santos) dentre outros procedimentos.

Conforme avançavam os trabalhos de calderaria e revisão de componentes, uma série de grandes desafios foram surgindo, sobretudo na parte mecânica. O sexagenário motor diesel passou a apresentar problemas, sendo o principal deles a corrosão de parte do bloco, o que permitiu que o líquido de arrefecimento se misturasse com o óleo lubrificante, algo que não pode acontecer em nenhum tipo de motor de combustão interna com refrigeração líquida pois, se não corrigido, pode causar grave avaria e a condenação do mesmo.

Com muita dedicação, empenho e habilidade o problema foi resolvido e o motor diesel recolocado em funcionamento. Uma série de ajustes ainda foi necessária para deixa-lo em perfeitas condições, tendo alguns outros componentes sido substituídos. Resolvida essa questão, foi a vez do compressor que gera o ar comprimido para o sistema de freios apresentar avaria, sendo então necessário substituí-lo por outro. Em seguida o gerador auxiliar também apresentou avaria e foi necessário desmontá-lo e recuperá-lo inteiramente.

Finalmente a locomotiva estava mais uma vez em plenas condições operacionais e, foi iniciada a fase final da restauração: pintura e acabamentos. Para a pintura, foi escolhido um dos padrões que ela teve ao longo de sua longa vida de trabalho: o padrão fase II da FEPASA, o qual ela utilizou nas décadas de 1980 e início da de 1990.

– Teste da 3507 após os reparos mecânicos.

Visando a maior fidelidade possível ao padrão de pintura, foram utilizados documentos de época da própria FEPASA com as especificações para reprodução das faixas, logotipos e inscrições. Para além, houve muito trabalho de pesquisa para se determinar o tom das cores o mais correto possível.

– Etapas do processo de pintura e montagem dos acessórios e acabamentos.

Foram cerca de seis anos de muito trabalho e dedicação para se recuperar plenamente essa sexagenária locomotiva, onde grandes desafios tiveram que ser vencidos, algo rotineiro quando se lida com equipamentos tão antigos. A 3507 está de volta a vida com todo o esplendor e será uma das locomotivas que serão utilizadas no futuro “Expresso Mantiqueira”, que percorrerá o trecho de ferrovia que já está sendo recuperado pela ABPF entre Cruzeiro/SP e Passa Quatro/MG.

 

Reforma do carro PC-926390-0F

Após aproximadamente quatro meses de trabalhos intensos, foi concluída a reforma do carro de aço carbono de primeira classe matricula PC-926390-0F, o primeiro do lote de carros resgatados pela ABPF – Regional Sul de Minas no antigo depósito de Santos Dumont/MG.

Fabricado no início da década de 1970 nas oficinas da RFFSA/Central foi utilizado em diversos trechos, sendo utilizado por fim no serviço de “trem urbano” no trecho da Linha do Centro entre Mathias Barbosa e Benfica, no famoso “Trem Xangai”.

Desativado em 1996, foi recolhido juntamente com os demais carros de passageiros no depósito de Santos Dumont, onde permaneceu por 23 anos exposto à ação das intempéries e de vandalismo.Após um longo processo burocrático, com apoio do Ministério Público Federal e da MRS Logística, foi resgatado e levado para as oficinas da ABPF em Cruzeiro/SP em julho desse ano juntamente com mais 6 carros do mesmo tipo, além de 7 carros Budd de aço inoxidável.

Aspecto externo do PC-6390 ao entrar na oficina
Aspecto externo do PC-6390 ao entrar na oficina

Em agosto foram iniciados os trabalhos de reforma, onde o primeiro passo foi uma limpeza geral para que assim pudesse ser feita a desmontagem completa do carro, com remoção dos bancos (totalmente deteriorados, além de alguns faltando), remoção dos rodapés, piso, contra piso, isolamento e estrutura de madeira, que se encontravam muito deteriorados.

Um dos pontos de ferrugem do PC-6390 que será corrigido, com substituição da chapa danificada.
Um dos pontos de ferrugem do PC-6390 que será corrigido, com substituição da chapa danificada.
Processo de lixamento da caixa do carro em várias etapas
Processo de lixamento da caixa do carro em várias etapas
Uma das laterais já com o lixamento concluído.
Uma das laterais já com o lixamento concluído.
Aspecto do interior do carro PC6390 após a remoção do piso antigo: estrutura de madeira comprometida além do isolamento completamente deteriorado.
Aspecto do interior do carro PC6390 após a remoção do piso antigo: estrutura de madeira comprometida além do isolamento completamente deteriorado.
Remoção do isolamento antigo
Remoção do isolamento antigo
Aspecto interno do carro após remoção do isolamento antigo e da estrutura de madeira.
Aspecto interno do carro após remoção do isolamento antigo e da estrutura de madeira.
Remoção de sujeira e ferrugem da parte interna do carro.
Remoção de sujeira e ferrugem da parte interna do carro.
Aplicação de produto inibidor de ferrugem.
Aplicação de produto inibidor de ferrugem.
Aplicação de nova pintura para proteção da parte interna do carro
Aplicação de nova pintura para proteção da parte interna do carro
Interior do carro PC-6390 após aplicação de nova pintura.
Interior do carro PC-6390 após aplicação de nova pintura.

A partir daí iniciaram-se os trabalhos de funilaria, com remoção completa de toda a pintura antiga, com lixamento de toda a caixa do carro até o metal, removendo-se também muita massa de funilaria que havia sido utilizada anteriormente. Com esse processo foi possível identificar pontos de corrosão na chaparia, que tiveram que ser removidos com corte das partes afetadas e soldagem de chapas novas.

Novas peças de madeira para estrutura interna do carro confeccionadas na marcenaria de São Lourenço.
Novas peças de madeira para estrutura interna do carro confeccionadas na marcenaria de São Lourenço.
As novas peças de madeira recebendo pintura para proteção.
As novas peças de madeira recebendo pintura para proteção.
Aspecto do antes e depois de um dos amortecedores dos alçapões das escadas, inteiramente recuperado nas oficinas.
Aspecto do antes e depois de um dos amortecedores dos alçapões das escadas, inteiramente recuperado nas oficinas.
Aspecto de um dos foles de passagem no estado em que chegou no carro.
Aspecto de um dos foles de passagem no estado em que chegou no carro.
Remoção dos foles de passagem para recuperação
Remoção dos foles de passagem para recuperação
Um dos foles já removido.
Um dos foles já removido.
Fole já sendo recuperado.
Fole já sendo recuperado.
Solda feita na estrutura de um dos foles, que estava quebrada.
Solda feita na estrutura de um dos foles, que estava quebrada.
A estrutura de um dos foles já em adiantado processo de recuperação.
A estrutura de um dos foles já em adiantado processo de recuperação.

Foi necessário um intenso trabalho de funilaria, com “martelinho de ouro” afim de se remover amassados e imperfeições o máximo possível para se evitar o uso de massa de funileiro, visando assim uma melhor qualidade e durabilidade do carro.

Funilaria do carro: a etapa que mais consumiu tempo em toda a reforma
Funilaria do carro: a etapa que mais consumiu tempo em toda a reforma
Funilaria: as imperfeições foram corrigidas da melhor maneira possível, com utilização mínima de massa
Funilaria: as imperfeições foram corrigidas da melhor maneira possível, com utilização mínima de massa
Trecho de chapa substituída
Trecho de chapa que estava podre foi substituído
Início da aplicação de pintura de fundo: iniciou-se pelo teto
Início da aplicação de pintura de fundo: iniciou-se pelo teto
Pintura de fundo já aplicada no carro
Pintura de fundo já aplicada no carro

Uma nova estrutura de madeira foi inteiramente confeccionada em roxinho na marcenaria de São Lourenço para substituir as peças deterioradas que estavam no carro; um novo isolamento foi instalado, novas placas de compensado para o contra piso e um novo piso aplicado.

Todas as peças dos rodapés de alumínio foram recuperadas, desamassadas e escovadas bem como demais frisos internos e outros detalhes. Uma tarefa hercúlea a parte foi a recuperação das janelas, seja das molduras do vidro, seja (principalmente) a recuperação das venezianas, que demandaram muito tempo, paciência e esforço da equipe.

Estruturas dos bancos desmontadas para limpeza
Estruturas dos bancos desmontadas para limpeza
Novas laterais de madeira para os bancos foram confeccionadas na marcenaria de São Lourenço
Novas laterais de madeira para os bancos foram confeccionadas na marcenaria de São Lourenço
Um dos bancos após a reforma
Um dos bancos após a reforma
Bancos já prontos para serem instalados no carro
Bancos já prontos para serem instalados no carro
Finalização da montagem das placas de revestimento internas
Finalização da montagem das placas de revestimento internas
Início da instalação do piso
Início da instalação do piso
Piso instalado
Piso instalado
Os bancos já instalados no carro: interior pronto
Os bancos já instalados no carro: interior pronto
Detalhe dos apoios de pés dos bancos, revestidos com piso afim de se proteger os mesmos
Detalhe dos apoios de pés dos bancos, revestidos com piso afim de se proteger os mesmos

Toda a instalação elétrica foi refeita, com nova fiação e total atenção a todos os detalhes: além da iluminação interna, de banheiros, corredor e varanda, as lanternas de cabeceira bem como as lanternas laterais estão agora 100% funcionais!

Desmontagem e limpeza das lentes e aros das lanternas de cabeceira do carro
Desmontagem e limpeza das lentes e aros das lanternas de cabeceira do carro
As lanternas de cabeceira já instaladas e funcionando
As lanternas de cabeceira já instaladas e funcionando

A mecânica do carro também foi inteiramente revisada; os truques foram removidos e desmontados; todo o sistema de freio foi verificado e recebeu os reparos necessários, bem como os ajustes para o correto funcionamento; as mangueiras de freio foram substituídas por novas e o freio manual recebeu um novo “volante”, uma vez que o que nele se encontrava era muito pequeno e insuficiente para aplicação correta e segura da tensão necessária para frenagem do carro.

Revisão dos truques
Revisão dos truques

Em termos de pintura, optou-se pelo resgate do segundo padrão de pintura para carros de aço carbono adotado pela RFFSA, com caixa na cor “vermelho toscano” e faixas e inscrições amarelas. Para isso, seguiu-se fielmente o padrão da época, com base em documentos normativos utilizados pelas oficinas, onde tem-se a tipologia das letras e números, dimensões e posicionamento das inscrições na caixa do carro. Para atender a normas vigentes atuais, como esse carro irá trafegar em linhas concedidas, foi necessária a aplicação do SIGO completo do carro além da aplicação do mesmo nas cabeceiras, tornando-o assim, juntamente com toda a revisão mecânica e estrutural, apto a circular em todas as linhas de bitola larga ativas do país.

Instrução normativa da RFFSA para pintura de carros de aço carbono no segundo padrão
Instrução normativa da RFFSA para pintura de carros de aço carbono no segundo padrão
Vetorização dos caracteres conforme instruções normativas da RFFSA
Vetorização dos caracteres conforme instruções normativas da RFFSA
Layout de pintura conforme instruções normativas da RFFSA
Layout de pintura conforme instruções normativas da RFFSA
Processo de pintura das faixas laterais
Processo de pintura das faixas laterais
Faixas laterais concluídas
Faixas laterais concluídas
Aplicação das máscaras para pintura das inscrições
Aplicação das máscaras para pintura das inscrições
Inscrições pintadas no carro
Inscrições pintadas no carro
Pintura do carro concluída
Pintura do carro concluída
O carro concluído, apresentando o segundo padrão de pintura adotado pela RFFSA para carros aço carbono.
O carro concluído, apresentando o segundo padrão de pintura adotado pela RFFSA para carros aço carbono.

O carro já foi inspecionado por um dos engenheiros mecânicos da ABPF, que realizou medições dos rodeiros, verificando frisos e banda de rodagem, além de ultrassom nas rodas e eixos. Os aparelhos de choque e tração bem como os engates também foram inspecionados, além do sistema de freio e estrutura do carro. Para além, o carro passará ainda por inspeção de técnicos e engenheiros das concessionárias ferroviárias para homologação para fins de circulação em suas malhas respectivas.

Realização de ultrassom por engenheiro da ABPF nos truques do carro
Realização de ultrassom por engenheiro da ABPF nos truques do carro

Em menos de quatro meses a ABPF recuperou inteiramente um carro com quase 50 anos de idade que estava desativado e se deteriorando a mais de 20 anos; a reforma atendeu a critérios técnicos de segurança e manutenção além de históricos, com respeito às características originais, tornando-se plenamente operacional e apto a circular por qualquer linha de bitola larga do país sem restrições.

Mais uma vez não podemos deixar de registar o apoio recebido do Ministério Público Federal, do IPHAN e da MRS Logística que abraçaram essa causa e viabilizaram a operação de resgate e a toda a nossa equipe que se dedicou e trabalhou arduamente para que mais esse sonho se concretiza-se.

 
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Publicado por em 14 de dezembro de 2019 em ABPF, Carro 6390, Oficinas de Cruzeiro, Restauração

 

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INICIADA REFORMA DO PRIMEIRO CARRO QUE VEIO DE SANTOS DUMONT

A ABPF – Regional Sul de Minas iniciou em suas oficinas em Cruzerio/SP a reforma de um dos carros que vieram de Santos Dumont/MG que chegaram em julho. Trata-se de um carro de aço carbono de bitola larga, matrícula PC-6390. Todo o revestimento interno já foi removido, juntamente com todo o antigo isolamento térmico e a estrutura de madeira, os quais estavam bastante deteriorados.

Aspecto externo do PC-6390 ao entrar na oficina

Aspecto externo do PC-6390 ao entrar na oficina

Um dos pontos de ferrugem do PC-6390 que será corrigido, com substituição da chapa danificada.

Um dos pontos de ferrugem do PC-6390 que será corrigido, com substituição da chapa danificada.

Processo de lixamento da caixa do carro em várias etapas

Processo de lixamento da caixa do carro em várias etapas

Uma das laterais já com o lixamento concluído

Uma das laterais já com o lixamento concluído

Aspecto do interior do carro PC-6390 após a remoção do piso antigo: estrutura de madeira comprometida além do isolamento completamente deteriorado.

Aspecto do interior do carro PC-6390 após a remoção do piso antigo: estrutura de madeira comprometida além do isolamento completamente deteriorado.

Remoção do isolamento antigo.

Remoção do isolamento antigo.

Aspecto interno do carro após remoção do isolamento antigo e da estrutura de madeira.

Aspecto interno do carro após remoção do isolamento antigo e da estrutura de madeira.

Remoção de sujeira e ferrugem da parte interna do carro.

Remoção de sujeira e ferrugem da parte interna do carro.

Aplicação de produto inibidor de ferrugem.

Aplicação de produto inibidor de ferrugem.

Aplicação de nova pintura para proteção da parte interna do carro.

Aplicação de nova pintura para proteção da parte interna do carro.

Interior do carro PC-6390 após aplicação de nova pintura.

Interior do carro PC-6390 após aplicação de nova pintura.

A marcenaria de São Lourenço já providenciou novas peças de madeira para remontagem da estrutura interna do carro, tudo feito em “Roxinho”.

Novas peças de madeira para estrutura interna do carro confeccionadas na marcenaria de São Lourenço.

Novas peças de madeira para estrutura interna do carro confeccionadas na marcenaria de São Lourenço.

As novas peças de madeira recebendo pintura para proteção.

As novas peças de madeira recebendo pintura para proteção.

Aspecto do antes e depois de um dos amortecedores dos alçapões das escadas, inteiramente recuperado nas oficinas.

Aspecto do antes e depois de um dos amortecedores dos alçapões das escadas, inteiramente recuperado nas oficinas.

Ainda na parte externa, os foles de passagem foram removidos e estão sendo recuperados bem como todas as escadas retráteis. Toda a caixa foi lixada para remoção de toda a tinta antiga e ferrugem; com essa limpeza, é possível verificar todo os pontos de ferrugem existentes para que os mesmos sejam corrigidos, com substituição do trecho da chapa comprometido.

Aspecto de um dos foles de passagem no estado em que chegou no carro.

Aspecto de um dos foles de passagem no estado em que chegou no carro.

Remoção dos foles de passagem para recuperação

Remoção dos foles de passagem para recuperação

Fole já sendo recuperado

Fole já sendo recuperado

Solda feita na estrutura de um dos foles, que estava quebrada

Solda feita na estrutura de um dos foles, que estava quebrada

A estrutura de um dos foles já em adiantado processo de recuperação.

A estrutura de um dos foles já em adiantado processo de recuperação.

 
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Publicado por em 24 de setembro de 2019 em ABPF, Carro 6390, Oficinas de Cruzeiro

 

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Testes com a Locomotiva 327

Testes com a Locomotiva 327

No dia 15/08/2017 foi um dia especial, pois pela primeira vez em anos após entrar em reforma a locomotiva 327 andou novamente, abaixo alguns vídeos gravados na oficina de Cruzeiro durante os testes:

Andando pela linha de testes:

A previsão é que ainda este ano a Locomotiva 327 seja transferida para Passa Quatro, para substituir a locomotiva 332, que será então transferida para São Lourenço para substituir temporariamente a locomotiva 1424.

 

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Transporte das Locomotivas Sentinels

Após nove meses de negociação a ABPF e a Maxion Componentes Estruturais chegaram em um acordo quanto as Locomotivas Sentinels.

Em resumo: estas locomotivas a vapor foram fabricadas pela Sentinel Wagon Works, empresa inglesa que em 1931 fabricou três locomotivas com caldeira vertical para a SPR (São Paulo Railway), que eram utilizadas para manobras por esta ferrovia. Estas locomotivas foram vendidas para a FNV (Fabrica Nacional de Vagões) em 1959. Assim foram então transferidas para Cruzeiro – SP, onde trabalharam até outubro de 2014, quando foram definitivamente desativadas.

Com a desativação destas, a ABPF iniciou imediatamente conversações com a empresa quanto a preservação destas locomotivas e após uma longa negociação, a empresa aceitou uma das inúmeras ofertas de compra que a ABPF fez. Na compra estavam incluídas as duas locomotivas (a terceira locomotiva foi sucateada pela FNV décadas atrás), o tanque de óleo usado no re-abastecimento e o estoque de óleo BPF existente.

Apesar da preservação destas locomotivas ser algo para se comemorar, o fim do uso destas significa também o fim do uso comercial de locomotivas a vapor no Brasil e do ultimo uso comercial de locomotivas Sentinel no mundo.

Para saber mais detalhes sobre a história delas, visite a página: Locomotivas Sentinel

Com o acordo de compra fechado, iniciou-se a operação para transporte, sendo que a ABPF precisou alugar uma carreta e foi necessário utilizar dois guindastes da própria Maxion para colocar as locomotivas na carreta. Para descarregar as mesmas em Cruzeiro, foi preciso construir uma rampa para desembarque com bitola mista:

Inicio do construção da rampa

Inicio do construção da rampa

Dormentes no lugar e trilhos de bitola larga também

Dormentes no lugar e trilhos de bitola larga também

A rampa já tomando sua forma final

A rampa já tomando sua forma final

Com o terceiro trilho e praticamente pronta

Com o terceiro trilho e praticamente pronta

Verificando a altura em relação a carreta

Verificando a altura em relação a carreta

Com a rampa pronta, já era então possível buscar as locomotivas. Mas existe uma restrição quanto a passagem de carretas pesadas pelo viaduto na saída da Maxion, ou seja, a viagem de 1,5kms, se estendeu bastante. A rota direta é mostrada abaixo:

A rota direta da Maxion até a rampa, a seta azul indica o pátio onde elas trabalhavam.

A rota direta da Maxion até a rampa, a seta azul indica o pátio onde elas trabalhavam.

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E o caminho que teve que ser seguido…

 

Transporte da Locomotiva 167

No dia 26/8, por volta das 13:30hs da tarde foi iniciado o carregamento da locomotiva 167, que saiu da fabrica por volta das 14:40hs:

A locomotiva 167, logo após sair do interior da fábrica, no pátio externo, onde a equipe da ABPF removeu apito e válvulas de segurança para redução da altura.

A locomotiva 167, logo após sair do interior da fábrica, no pátio externo, onde a equipe da ABPF removeu apito e válvulas de segurança para redução da altura.

 

Locomotiva 167 logo após chegar no pátio da ABPF, aguardando que os trilhos da carreta fossem conectados ao da rampa.

Locomotiva 167 logo após chegar no pátio da ABPF, aguardando que os trilhos da carreta fossem conectados aos da rampa.

 

A locomotiva aguardando o desembarque

A locomotiva aguardando o desembarque

 

Já sem as "amarras", começando a ser movimentada

Removendo as “amarras” para começar a movimentação

 

Inicio da movimentação, com a pequena manobreira alemã. Como não existia terceiro trilho na carreta, foi preciso usar um cabo de aço para puxar a 167 até a ponta da carreta

Inicio da movimentação, com a pequena manobreira alemã. Como não existia terceiro trilho na carreta, foi preciso usar um cabo de aço para puxar a 167 até a ponta da carreta

 

A 167, logo após o desembarque

A 167, logo após o desembarque

 

Locomotiva 167, guardada no pátio da ABPF

Locomotiva 167, guardada no pátio da ABPF

Transporte da Locomotiva 166

No dia 27/08/2015 a carreta foi novamente enviada a Maxion, desta vez logo pela manhã por volta das 08:00hs. Em torno das 09:15 a mesma já estava no pátio externo da Maxion, quase pronta para seguir viagem:

Locomotiva 166, no pátio externo da fábrica onde a ABPF instalou um "pantógrafo", para evitar que ela enroscasse em fios.

Locomotiva 166, no pátio externo da fábrica onde a ABPF instalou um “pantógrafo”, para evitar que ela enroscasse em fios.

 

Atravessando a ponte sobre o Rio Paraíba

Atravessando a ponte sobre o Rio Paraíba

 

O "pantógrafo" em ação!

O “pantógrafo” (cata-fios) em ação!

 

No trevo da copa, indo fazer o retorno para pegar a estrada sentido Cruzeiro

Nos trevos da rodovia, indo fazer o retorno para pegar a estrada sentido Cruzeiro

 

Após o retorno, indo para a alça do trevo.

Após o retorno, indo para a alça do trevo.

 

Após sair da alça, agora indo em direção a Cruzeiro...

Após sair da alça, agora indo em direção a Cruzeiro…

 

Passando pelos fundos da Maxion...

Passando pelos fundos da Maxion…

 

Passando em frente as oficinas da ABPF...

Passando em frente as oficinas da ABPF…

 

Finalmente chegando na rampa...

Finalmente chegando na rampa…

 

Após chegada na rampa, a carreta foi alinhada e os trilhos conectados…

 

Alinhando a carreta com a rampa

Alinhando a carreta com a rampa

 

Detalhe do alinhamento dos trilhos

Detalhe do alinhamento dos trilhos

Infelizmente a 166 veio com um engate faltando, a Maxion forneceu um outro engate substituto, mas este não se encaixa nela. Então fizemos a tentativa de remover o engate traseiro e colocar o mesmo na frente, operação esta que contou com a apoio da BS Locações (que auxilou em toda a operação, desde a construção da rampa ao desembarque).

Ajustando o engate

Ajustando o engate

Mas infelizmente o engate traseiro é maior que os demais, só encaixando mesmo na parte traseira da locomotiva 166, então foi necessário improvisar o desembarque sem engate mesmo.

Após o desembarque, a dupla de sentinels e a manobreira diesel.

Após o desembarque, a dupla de sentinels e a manobreira diesel.

 

As duas sentinels reunidas novamente.

As duas sentinels reunidas novamente.

 

A 166, no seu novo lar!

A 166, no seu novo lar!

 

Planos Futuros

No momento não existem planos concretos quanto ao uso das locomotivas. O objetivo principal de toda operação era garantir a preservação das Sentinels, objetivo este concluído agora que ambas se encontram sob cuidados da ABPF.

É provável que em 2016 sejam iniciados trabalhos de reforma das locomotivas, é importante ressaltar que a locomotiva 167 esta operacional, pois foi reformada recentemente pela Maxion. Já a locomotiva 166 teve sua reforma iniciada e não foi concluída, estando com o motor parcialmente desmontado.

As locomotivas eventualmente vão funcionar no pátio de Cruzeiro para exposição e manutenção das mesmas.

Repercussão Internacional

A notícia do resgate das locomotivas já se espalhou pelo mundo afora, já foi publicada em dois blogs:

http://sentinel7109.blogspot.co.uk/2015/08/preservation-moves-in-brazil.html

http://www.farrail-blog.com/englishposts/2994/

 

 

 

 

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Travessia Comemorativa do Túnel da Mantiqueira

No dia 8 de Julho de 2015 a ABPF fez uma travessia comemorativa do Túnel da Mantiqueira, em homenagem ao aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932.

É importante frisar que a viagem foi apenas comemorativa e que viagens regulares através do Túnel da Mantiqueira só devem ter inicio no próximo ano.

Apesar da data comemorativa ser o dia 9 de Julho, foi decidido que no dia 8 ocorreria visitação a boca paulista do Túnel da Mantiqueira, então foi decidido que seria feita também uma visitação com a locomotiva 332, pois, por se tratar de um túnel ferroviário, nada como visitar o mesmo de trem. A visita foi em parceria com o REGE (Reserva Ecoparq Garganta do Embaú).

Apesar das operações do Trem da Serra da Mantiqueira serem normalmente até a estação Coronel Fulgêncio (na boca mineira do túnel), a ABPF sempre faz inspeções periódicas e uma manutenção ocasional no túnel e na boca paulista. Mas como já se fazia algum tempo que não circulávamos com trem no mesmo, foi necessário uma inspeção mais minuciosa da equipe de via permanente, além da limpeza do mesmo.

Foram necessários quase duas semanas de trabalho, sendo que o mais evidente, é a limpeza da boca paulista:

Antes e depois da limpeza, cortesia REGE.

Antes e depois da limpeza, cortesia REGE.

Além da preparação da via permanente, foi necessário revisar todo o sistema elétrico da 332 e da composição:

Últimos ajustes na locomotiva 332 antes de partir em direção a Cruzeiro

Últimos ajustes na locomotiva 332 antes de partir em direção a Cruzeiro

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Testando o farol…

Após os últimos ajustes, o trem partiu logo após as 14:00hs em direção a Coronel Fulgêncio. Já na estação Coronel Fulgêncio, no alto da serra da Mantiqueira, foi feita uma parada para se completar o nível de água da caldeira, pois após este ponto, a linha começa a descer e a inclinação da locomotiva muda…

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Já em Coronel Fulgêncio, hora de completar o nível da caldeira…

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Tudo pronto para partir…

Após completada a água, hora de seguir viagem…

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Finalmente, já em terras paulistas, parada no marco da boca paulista do túnel!

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Um pouco da vista do local…

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Quando chegamos, já fomos recebidos por uma pequena comitiva

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Ao fundo, a boca paulista do Túnel da Mantiqueira.

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A famosa boca paulista do Túnel da Mantiqueira

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Militares que estiveram no local

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Ao fundo, parte da Mantiqueira, no fundo a direita, garganta do Embaú

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Chegada do restante da comitiva militar.

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Autoridades locais, como o Prefeito Rafic (de Cruzeiro) e o presidente da ABPF Jorge Sanches.

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E a 332 acabou ganhando uma bandeira paulista.

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Preparando o farol que foi instalado no carro

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Ultima fotografia, antes da viagem de retorno a Passa Quatro

Além das fotografias, preparamos um vídeo:

 

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