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Arquivo da categoria: Restauração

Reforma do carro PC-926390-0F

Após aproximadamente quatro meses de trabalhos intensos, foi concluída a reforma do carro de aço carbono de primeira classe matricula PC-926390-0F, o primeiro do lote de carros resgatados pela ABPF – Regional Sul de Minas no antigo depósito de Santos Dumont/MG.

Fabricado no início da década de 1970 nas oficinas da RFFSA/Central foi utilizado em diversos trechos, sendo utilizado por fim no serviço de “trem urbano” no trecho da Linha do Centro entre Mathias Barbosa e Benfica, no famoso “Trem Xangai”.

Desativado em 1996, foi recolhido juntamente com os demais carros de passageiros no depósito de Santos Dumont, onde permaneceu por 23 anos exposto à ação das intempéries e de vandalismo.Após um longo processo burocrático, com apoio do Ministério Público Federal e da MRS Logística, foi resgatado e levado para as oficinas da ABPF em Cruzeiro/SP em julho desse ano juntamente com mais 6 carros do mesmo tipo, além de 7 carros Budd de aço inoxidável.

Aspecto externo do PC-6390 ao entrar na oficina
Aspecto externo do PC-6390 ao entrar na oficina

Em agosto foram iniciados os trabalhos de reforma, onde o primeiro passo foi uma limpeza geral para que assim pudesse ser feita a desmontagem completa do carro, com remoção dos bancos (totalmente deteriorados, além de alguns faltando), remoção dos rodapés, piso, contra piso, isolamento e estrutura de madeira, que se encontravam muito deteriorados.

Um dos pontos de ferrugem do PC-6390 que será corrigido, com substituição da chapa danificada.
Um dos pontos de ferrugem do PC-6390 que será corrigido, com substituição da chapa danificada.
Processo de lixamento da caixa do carro em várias etapas
Processo de lixamento da caixa do carro em várias etapas
Uma das laterais já com o lixamento concluído.
Uma das laterais já com o lixamento concluído.
Aspecto do interior do carro PC6390 após a remoção do piso antigo: estrutura de madeira comprometida além do isolamento completamente deteriorado.
Aspecto do interior do carro PC6390 após a remoção do piso antigo: estrutura de madeira comprometida além do isolamento completamente deteriorado.
Remoção do isolamento antigo
Remoção do isolamento antigo
Aspecto interno do carro após remoção do isolamento antigo e da estrutura de madeira.
Aspecto interno do carro após remoção do isolamento antigo e da estrutura de madeira.
Remoção de sujeira e ferrugem da parte interna do carro.
Remoção de sujeira e ferrugem da parte interna do carro.
Aplicação de produto inibidor de ferrugem.
Aplicação de produto inibidor de ferrugem.
Aplicação de nova pintura para proteção da parte interna do carro
Aplicação de nova pintura para proteção da parte interna do carro
Interior do carro PC-6390 após aplicação de nova pintura.
Interior do carro PC-6390 após aplicação de nova pintura.

A partir daí iniciaram-se os trabalhos de funilaria, com remoção completa de toda a pintura antiga, com lixamento de toda a caixa do carro até o metal, removendo-se também muita massa de funilaria que havia sido utilizada anteriormente. Com esse processo foi possível identificar pontos de corrosão na chaparia, que tiveram que ser removidos com corte das partes afetadas e soldagem de chapas novas.

Novas peças de madeira para estrutura interna do carro confeccionadas na marcenaria de São Lourenço.
Novas peças de madeira para estrutura interna do carro confeccionadas na marcenaria de São Lourenço.
As novas peças de madeira recebendo pintura para proteção.
As novas peças de madeira recebendo pintura para proteção.
Aspecto do antes e depois de um dos amortecedores dos alçapões das escadas, inteiramente recuperado nas oficinas.
Aspecto do antes e depois de um dos amortecedores dos alçapões das escadas, inteiramente recuperado nas oficinas.
Aspecto de um dos foles de passagem no estado em que chegou no carro.
Aspecto de um dos foles de passagem no estado em que chegou no carro.
Remoção dos foles de passagem para recuperação
Remoção dos foles de passagem para recuperação
Um dos foles já removido.
Um dos foles já removido.
Fole já sendo recuperado.
Fole já sendo recuperado.
Solda feita na estrutura de um dos foles, que estava quebrada.
Solda feita na estrutura de um dos foles, que estava quebrada.
A estrutura de um dos foles já em adiantado processo de recuperação.
A estrutura de um dos foles já em adiantado processo de recuperação.

Foi necessário um intenso trabalho de funilaria, com “martelinho de ouro” afim de se remover amassados e imperfeições o máximo possível para se evitar o uso de massa de funileiro, visando assim uma melhor qualidade e durabilidade do carro.

Funilaria do carro: a etapa que mais consumiu tempo em toda a reforma
Funilaria do carro: a etapa que mais consumiu tempo em toda a reforma
Funilaria: as imperfeições foram corrigidas da melhor maneira possível, com utilização mínima de massa
Funilaria: as imperfeições foram corrigidas da melhor maneira possível, com utilização mínima de massa
Trecho de chapa substituída
Trecho de chapa que estava podre foi substituído
Início da aplicação de pintura de fundo: iniciou-se pelo teto
Início da aplicação de pintura de fundo: iniciou-se pelo teto
Pintura de fundo já aplicada no carro
Pintura de fundo já aplicada no carro

Uma nova estrutura de madeira foi inteiramente confeccionada em roxinho na marcenaria de São Lourenço para substituir as peças deterioradas que estavam no carro; um novo isolamento foi instalado, novas placas de compensado para o contra piso e um novo piso aplicado.

Todas as peças dos rodapés de alumínio foram recuperadas, desamassadas e escovadas bem como demais frisos internos e outros detalhes. Uma tarefa hercúlea a parte foi a recuperação das janelas, seja das molduras do vidro, seja (principalmente) a recuperação das venezianas, que demandaram muito tempo, paciência e esforço da equipe.

Estruturas dos bancos desmontadas para limpeza
Estruturas dos bancos desmontadas para limpeza
Novas laterais de madeira para os bancos foram confeccionadas na marcenaria de São Lourenço
Novas laterais de madeira para os bancos foram confeccionadas na marcenaria de São Lourenço
Um dos bancos após a reforma
Um dos bancos após a reforma
Bancos já prontos para serem instalados no carro
Bancos já prontos para serem instalados no carro
Finalização da montagem das placas de revestimento internas
Finalização da montagem das placas de revestimento internas
Início da instalação do piso
Início da instalação do piso
Piso instalado
Piso instalado
Os bancos já instalados no carro: interior pronto
Os bancos já instalados no carro: interior pronto
Detalhe dos apoios de pés dos bancos, revestidos com piso afim de se proteger os mesmos
Detalhe dos apoios de pés dos bancos, revestidos com piso afim de se proteger os mesmos

Toda a instalação elétrica foi refeita, com nova fiação e total atenção a todos os detalhes: além da iluminação interna, de banheiros, corredor e varanda, as lanternas de cabeceira bem como as lanternas laterais estão agora 100% funcionais!

Desmontagem e limpeza das lentes e aros das lanternas de cabeceira do carro
Desmontagem e limpeza das lentes e aros das lanternas de cabeceira do carro
As lanternas de cabeceira já instaladas e funcionando
As lanternas de cabeceira já instaladas e funcionando

A mecânica do carro também foi inteiramente revisada; os truques foram removidos e desmontados; todo o sistema de freio foi verificado e recebeu os reparos necessários, bem como os ajustes para o correto funcionamento; as mangueiras de freio foram substituídas por novas e o freio manual recebeu um novo “volante”, uma vez que o que nele se encontrava era muito pequeno e insuficiente para aplicação correta e segura da tensão necessária para frenagem do carro.

Revisão dos truques
Revisão dos truques

Em termos de pintura, optou-se pelo resgate do segundo padrão de pintura para carros de aço carbono adotado pela RFFSA, com caixa na cor “vermelho toscano” e faixas e inscrições amarelas. Para isso, seguiu-se fielmente o padrão da época, com base em documentos normativos utilizados pelas oficinas, onde tem-se a tipologia das letras e números, dimensões e posicionamento das inscrições na caixa do carro. Para atender a normas vigentes atuais, como esse carro irá trafegar em linhas concedidas, foi necessária a aplicação do SIGO completo do carro além da aplicação do mesmo nas cabeceiras, tornando-o assim, juntamente com toda a revisão mecânica e estrutural, apto a circular em todas as linhas de bitola larga ativas do país.

Instrução normativa da RFFSA para pintura de carros de aço carbono no segundo padrão
Instrução normativa da RFFSA para pintura de carros de aço carbono no segundo padrão
Vetorização dos caracteres conforme instruções normativas da RFFSA
Vetorização dos caracteres conforme instruções normativas da RFFSA
Layout de pintura conforme instruções normativas da RFFSA
Layout de pintura conforme instruções normativas da RFFSA
Processo de pintura das faixas laterais
Processo de pintura das faixas laterais
Faixas laterais concluídas
Faixas laterais concluídas
Aplicação das máscaras para pintura das inscrições
Aplicação das máscaras para pintura das inscrições
Inscrições pintadas no carro
Inscrições pintadas no carro
Pintura do carro concluída
Pintura do carro concluída
O carro concluído, apresentando o segundo padrão de pintura adotado pela RFFSA para carros aço carbono.
O carro concluído, apresentando o segundo padrão de pintura adotado pela RFFSA para carros aço carbono.

O carro já foi inspecionado por um dos engenheiros mecânicos da ABPF, que realizou medições dos rodeiros, verificando frisos e banda de rodagem, além de ultrassom nas rodas e eixos. Os aparelhos de choque e tração bem como os engates também foram inspecionados, além do sistema de freio e estrutura do carro. Para além, o carro passará ainda por inspeção de técnicos e engenheiros das concessionárias ferroviárias para homologação para fins de circulação em suas malhas respectivas.

Realização de ultrassom por engenheiro da ABPF nos truques do carro
Realização de ultrassom por engenheiro da ABPF nos truques do carro

Em menos de quatro meses a ABPF recuperou inteiramente um carro com quase 50 anos de idade que estava desativado e se deteriorando a mais de 20 anos; a reforma atendeu a critérios técnicos de segurança e manutenção além de históricos, com respeito às características originais, tornando-se plenamente operacional e apto a circular por qualquer linha de bitola larga do país sem restrições.

Mais uma vez não podemos deixar de registar o apoio recebido do Ministério Público Federal, do IPHAN e da MRS Logística que abraçaram essa causa e viabilizaram a operação de resgate e a toda a nossa equipe que se dedicou e trabalhou arduamente para que mais esse sonho se concretiza-se.

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Publicado por em 14 de dezembro de 2019 em ABPF, Carro 6390, Oficinas de Cruzeiro, Restauração

 

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DOIS CARROS BUSCH EFS FORAM RESGATADOS PELA REGIONAL SUL DE MINAS

Mais uma importante parcela da memória ferroviária foi salva: no início desse ano a ABPF – Regional Sul de Minas recebeu a cessão de dois carros adquiridos em um leilão. OS dois carros fabricados pela Anheuser-Busch (Alemanha), ex. Estrada de Ferro Sorocabana pertenciam a Prefeitura de Barra Bonita/SP.

Aspecto dos dois carros no local onde se encontravam

Aspecto dos dois carros no local onde se encontravam

Os dois carros estavam a décadas parados, expostos à ação das intempéries, sendo que um foi parcialmente incendiado a alguns anos.

Para a remoção de forma adequada dos carros, foi necessária a instalação de "linhas provisórias" sobre as carretas

Para a remoção de forma adequada dos carros, foi necessária a instalação de “linhas provisórias” sobre as carretas

Após a aquisição, foi feita uma visita pelo pessoal técnico da regional além da transportadora para avaliação do local e definição da estratégia de remoção. Foi constatado a necessidade de limpeza da vegetação e remoção parcial de um muro, para permitir acesso dos equipamentos ao local.

A operação de remoção dos carros começou dia 09/04, com envio da equipe da regional Sul de Minas para preparo do local, onde contamos com apoio da prefeitura que realizou a limpeza da área para que as carretas e guindastes pudessem ter o acesso necessário para a operação.

Hoje, dia 11/04, foi realizado o carregamento dos carros nas carretas que os levarão para São Lourenço/MG, onde se localiza a marcenaria da ABPF; lá os carros serão inteiramente recuperados, com uma reconstrução completa que os devolverá ao tráfego.

O primeiro carro sendo preparado para a remoção

O primeiro carro sendo preparado para a remoção

O primeiro carro já pronto para ser erguido pelos guindastes

O primeiro carro já pronto para ser erguido pelos guindastes

O primeiro carro sendo erguido

O primeiro carro sendo erguido

O primeiro carro já sobre a carreta, pronto para seguir viagem

O primeiro carro já sobre a carreta, pronto para seguir viagem

O segundo carro sendo preparado para a remoção

O segundo carro sendo preparado para a remoção

O segundo carro sendo erguido

O segundo carro sendo erguido

O segundo carro já pronto para seguir viagem sobre a carreta

O segundo carro já pronto para seguir viagem sobre a carreta

A operação foi feita em tempo recorde, em pouco menos de quatro horas, ambos os carros foram içados, colocados em cima das carretas, amarrados e estavam prontos para seguir viagem. Contribuiu para a agilidade do processo a experiência da equipe da regional e o fato de já termos equipamentos, inclusive a via usada nas carretas, prontas para operações desse tipo, agilizando em muito o processo.

Agradecemos de forma especial ao Coronel Cestari pelo inestimável apoio. Agradecemos também a Prefeitura Municipal de Barra Bonita pelo apoio na remoção dos carros, ao prefeito, sr. José Luis Rici, ao sr. Anderson Domingos, do Departamento de Patrimônio e Recursos Materiais, ao sr. Luiz Fernando Bressanin, Secretário Municipal de Transporte e Gestão de Frota e a Guarda Municipal por todo apoio dado na operação de remoção dos carros.

Em breve teremos nova postagem com a operação de descarga dos carros em São Lourenço – MG.

 
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Publicado por em 11 de abril de 2019 em ABPF, Material Rodante, Notícias, Restauração, Turismo

 

Testes com a Locomotiva 327

Testes com a Locomotiva 327

No dia 15/08/2017 foi um dia especial, pois pela primeira vez em anos após entrar em reforma a locomotiva 327 andou novamente, abaixo alguns vídeos gravados na oficina de Cruzeiro durante os testes:

Andando pela linha de testes:

A previsão é que ainda este ano a Locomotiva 327 seja transferida para Passa Quatro, para substituir a locomotiva 332, que será então transferida para São Lourenço para substituir temporariamente a locomotiva 1424.

 

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Caixas de Mancais da Locomotiva 522

Já mostramos por aqui a montagem do sistema de suspensão da locomotiva 522, que pode ser visto neste artigo.

Como parte do sistema de tração da locomotiva, temos as caixas de mancais, que, como o nome diz, “abrigam” os mancais dos eixos das locomotivas. No caso das locomotivas a vapor do Brasil, elas não possuíam rolamentos, dessa forma, o contato do eixo com o “corpo” da locomotiva é feito através de um mancal.

As caixas tem diversas funcionalidades, sendo as principais:

  • Servem de “suporte” ao mancal propriamente dito
  • Servem de reservatório de óleo, que é usado para lubrificação dos mancais
  • Conectam o eixo da locomotiva ao “corpo” da mesma, mas de forma indireta, através do sistema de suspensão

No caso da locomotiva 522, como já era esperado estavam todas em péssimas condições, pois a locomotiva provavelmente foi usada até além do seu limite antes de ser cedida a ABPF.

Como mostramos anteriormente (no artigo que pode ser visto clicando-se aqui) foi feita uma limpeza inicial das caixas com o uso do maçarico durante a desmontagem da locomotiva.

 

Situação das caixas logo após remoção da locomotiva

Situação das caixas logo após remoção da locomotiva

 

Detalhe dos compartimentos de óleo

Detalhe do compartimento de óleo e apoios da cadeira

 

Uma das caixas, após uma limpeza inicial

Uma das caixas, após uma limpeza inicial

 

Após a limpeza, começou-se a recuperação da caixas. No primeiro passo, foram recuperadas as caixas danificadas:

Exemplo de caixa danificada, observe na parte superior que parte da lateral esta quebrada, inutilizando o reservatório de óleo

Exemplo de caixa danificada, observe na parte superior que parte da lateral esta quebrada, inutilizando o apoio da cadeira

 

Mecânicos criando gabarito para fazer o reparo da peça

Mecânicos criando gabarito para fazer o reparo da peça

 

Caixa após reparo realizado.

Caixa após reparo realizado.

Terminada a limpeza, constatou-se que os encaixes das cadeiras estavam muito danificados e alterados, então foi preciso recuperar os mesmos:

Aspecto dos reservatórios de óleo de uma das caixas.

Aspecto do encaixe das cadeiras em uma das caixas.

 

usinando os reservatórios

Usinando os encaixes

 

A caixa durante a usinagem

A caixa durante a usinagem

 

Reservatórios de óleo após usinagem

Encaixes já usinados

Com os encaixes prontos, as cadeiras passaram por ajustes e foram testadas:

Detalhe de uma das caixas e a cadeira.

Detalhe de uma das caixas e a cadeira.

 

Caixas e cadeiras em diversos estágios

Caixas e cadeiras em diversos estágios

Após o reparo das caixas, constatou-se que o reservatório de óleo para a cunha e a telha haviam sido inutilizados, provavelmente pela locomotiva 522 nos seus últimos anos ter ficado restrita a apenas serviços de manobras. Iniciou-se então o trabalho para se recuperar os reservatórios. Para tal, foi preciso fazer a nova furação para passagem do óleo e refazer as “torcidas” (enchimento) para controle da vazão do óleo. As torcidas são feitas com arame e lã de carneiro:

Nova furação para conectar os reservatórios a lateral da caixa

Nova furação para conectar os reservatórios à cubação da caixa

 

Detalhe da furação no encaixe das telhas

Detalhe da furação de lubrificação no encaixe das telhas

 

Mecânico preparando os enchimentos

Mecânico preparando as “torcidas”

 

Detalhe da caixa e as torcidas já instaladas.

Detalhe da caixa e as torcidas já instaladas.

A próxima etapa foi testar a vazão do óleo, onde é necessário verificar se o mesmo não está com, a vazão muito rápida ou muito lenta, para se ter certeza que toda a cubação, cunha, telha e principalmente o mancal serão lubrificados de forma apropriada:

Caixa já abastecida com óleo.

Caixa já abastecida com óleo.

 

As caixas abastecidas e já com a vazão de óleo sendo monitorada

As caixas abastecidas e já com a vazão de óleo sendo monitorada

 

Detalhe de uma das caixas durante os testes

Detalhe de uma das caixas durante os testes

 

Detalhe da vazão do óleo

Detalhe da vazão do óleo

Para ajudar os leitores a entenderem como funciona todo o sistema, abaixo mostramos uma foto do conjunto com uma caixa, cadeira e mola de suspensão:

Detalhe do conjunto de caixa, cadeira e mola de suspensão

Detalhe do conjunto de caixa, cadeira e mola de suspensão

 

Assim concluímos este relato sobre a recuperação das caixas. Nos próximos artigos, veremos mais detalhes sobre este sistema, o longeirão e montagem da locomotiva!

 

 
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Publicado por em 15 de julho de 2014 em ABPF, Locomotiva 522, Oficinas de Cruzeiro, Restauração

 

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Inicio da Montagem da Suspensão da Locomotiva 522

Já mostramos anteriormente o trabalho de recuperação do sistema de suspensão da locomotiva 522 (Barras de Equilíbrio e Feixes de Mola), neste artigo vamos mostrar o processo inicial de montagem do sistema de suspensão no longeirão da locomotiva.

O trabalho principal foi a recuperação de vários tirantes das barras de equilíbrio, que ganharam novas buchas:

Reforma de um dos tirantes

Reforma de um dos tirantes

Ajustando os furos para as novas buchas

Ajustando os furos para as novas buchas

Para garantir a melhor qualidade, tirantes são soldados uns aos outros e furados em pares

Para garantir a melhor qualidade, os tirantes que são pares são soldados uns aos outros e furados.

Instalando novas buchas

Prensando novas buchas

Detalhe de um dos tirantes com nova bucha (no lado direito) e sem a bucha (no lado esquerdo)

Detalhe de um dos tirantes com nova bucha (no lado direito) e sem a bucha

Com as novas buchas, foram então reformados os pinos para remontagem do sistema:

Aspecto de alguns componentes montados para testes

Aspecto de alguns componentes montados para testes

Aspecto do pino original (esquerda) e novo pino

Aspecto do pino original (esquerda) e novo pino

Testando novos pinos

Testando os pinos

Tirante já em fase final do processo

Tirante já em fase final do processo e barra de equilíbrio

Conferindo os pinos na barra de equillibrio

Conferindo os pinos na barra de equilíbrio

Conforme vão sendo finalizadas, as peças vão sendo estocadas para aguardarem a montagem final

Conforme vão sendo finalizadas, as peças vão sendo estocadas para aguardarem a montagem final

Com as peças prontas, incluindo os novos pinos, foi então iniciada a montagem do conjunto no longeirão da locomotiva:

Uma das primeiras barras instaladas

Uma das primeiras barras instaladas

Detalhe da montagem visto pela parte interna do longeirão, onde pode-se observar o contra pino que trava todo sistema

Detalhe da montagem visto pela parte interna do longeirão, onde pode-se observar o contra pino que trava todo sistema

Após instalada a barra de equilíbrio é feita a montagem dos tirantes

Após instalada a barra de equilíbrio é feita a montagem dos tirantes

Com a montagem do sistema, já é possível fazer uma comparação antes e depois. Abaixo, foto do mesmo conjunto antes da reforma:

Aspecto da remoção dos braços de parte da suspensão

Aspecto da remoção dos braços de parte da suspensão

Dessa forma foi concluída a montagem das partes do conjunto de suspensão que não dependem dos rodeiros. No momento estão sendo reformadas as caixas de mancais, reforma que inclui a fundição de novas peças, além da reforma dos truques guias.

Quando estes trabalhos forem concluídos, será possível então remontar todo o sistema de suspensão e a locomotiva finalmente vai voltar aos trilhos para em seguida receber a caldeira de volta.

 
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Publicado por em 7 de outubro de 2013 em ABPF, Locomotiva 522, Oficinas de Cruzeiro, Restauração

 

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Recuperação das Barras de Equilíbrio da Locomotiva 522

Já mostramos aqui o trabalho feito com os feixes molas da locomotiva 522, continuando com o trabalho no sistema de suspensão da locomotiva, hoje vamos ver a recuperação das barras de equilíbrio, que foi feita durante o mês de Outubro de 2011.

A grosso modo podemos dizer que as barras de equilíbrio conectam as molas de cada uma das rodas ao longeirão da locomotiva e assim, são elas quem sustentam a locomotiva. O sistema todo é inter-conectado de forma que uma roda tenha conexão com a outra, distribuindo o peso e os movimentos da suspensão.

Além de distribuir o peso sobre as rodas, o sistema ajuda distribuir os movimentos de todo conjunto, amortizando assim os choques que as rodas sofrem, evitando movimentos bruscos na locomotiva, fornecendo assim melhor estabilidade, ajudando na conservação da locomotiva e também conforto para equipagem.

Na figura abaixo (que não é da locomotiva 522), se observamos os itens 40 (caixa de mancais), 41 (barra lateral de equilíbrio), 42 (feixe de molas) temos uma visão global de como todo sistema atua:

Detalhes de locomotiva a vapor

Detalhes de locomotiva a vapor, autor Panther (http://commons.wikimedia.org/wiki/User:Panther), licensed GFDL Cc-by-sa-2.5,2.0,1.0

Trabalhos Realizados

Como sempre, o primeiro passo é remover os componentes para uma avaliação e realizar a limpeza:

Barra lateral (na direita) e tirante de suspensão da mola

Barra Lateral de Equilíbrio

Tirante de suspensão da mola

Detalhe do tirante de suspensão da mola

Depois da limpeza e ajustes, o conjunto todo passa por pintura para proteção, o resultado podemos conferir abaixo:

Barras de equilíbrio

Após trabalhar em todo conjunto, o resultado pode ser conferido abaixo:

Conjunto de equilíbrio da locomotiva

Detalhes dos componentes da parte dianteira da locomotiva

Abaixo temos a barra transversal, que é usada para distribuir as forças lateralmente na locomotiva, especialmente quando a locomotiva entra em curvas. A tendência da locomotiva ao entrar em uma curva é aumentar o peso do lado de fora da curva, a barra transversal que tem conexão com o truque dianteiro (roda guia) ajuda equilibrar essas forças, de forma a tentar manter a distribuição de peso da locomotiva sempre por igual ou o mais próximo disso.

Barra transversal para conexão com truque dianteiro

Abaixo podemos observar uma barra lateral com seus dois tirantes:

Conjunto de Barra Lateral e tirantes de suspensão

E por fim, todo conjunto de suspensão, olhando a partir da traseira da locomotiva:

Conjunto de suspensão, com detalhe do sistema de conexão com o truque traseiro

Ajustes no Longeirão

Voltando ao longeirão da locomotiva, observamos que os pontos de apoio da barra lateral de equilíbrio precisava ser retificado e ganhar nova bucha:

Situação do ponto apoio

Preparando para novo embuchamento

Nova bucha instalada

Com este trabalho, foi feita toda preparação das barras de equilíbrio para serem todas embuchadas e ajustadas nas medidas originais exigidas pelo fabricante (Alco). No presente momento estão sendo fabricadas novas buchas para o longeirão (que pode ser visto na foto acima) e todos os pinos estão sendo recuperados ou fabricados novos, conforme a necessidade e estado de cada um.

 
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Publicado por em 17 de julho de 2013 em ABPF, Locomotiva 522, Oficinas de Cruzeiro, Restauração

 

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Restauração do Depósito de Locomotivas de Passa Quatro

Em fevereiro demos inicio a mais uma etapa do projeto de restauração do complexo ferroviário de Passa Quatro com a construção de um novo telhado para o depósito de locomotivas de Passa Quatro.

Depósito de Passa Quatro (a esquerda) no seu aspecto original

Depósito de Passa Quatro (a esquerda) no seu aspecto original

O depósito foi inaugurado em 1900, tendo sido construído pela empresa Minas e Rio para servir de oficina às locomotivas que ficavam lotadas em Passa Quatro, especialmente aquelas que trabalhavam no lado mineiro da Serra da Mantiqueira, fazendo o trajeto Passa Quatro – Estação Coronel Fulgêncio, sendo que hoje este é o trajeto percorrido pelo Trem da Serra da Mantiqueira.

Nesta primeira etapa da reforma foi construído um novo telhado, pois o antigo já estava com diversos problemas, principalmente no madeiramento. A reforma visa também trazer o depósito para um estado mais próximo de sua construção original, sendo que os principais trabalhos planejados e em execução são:

  • Fabricação de novas janelas e batentes em madeira, seguindo o estilo original e substituição das atuais “barras” instaladas pela RFFSA.
  • Fabricação de um novo portão de metal, seguindo o desenho do portão existente no depósito de Baldeação em Cruzeiro-SP, que também foi construído pela ferrovia Minas e Rio.
  • Remoção de todo o revestimento feito pela RFFSA para retornar o depósito ao seu aspeto original de “tijolinhos”, sendo que ainda esta sendo analisado a viabilidade deste item.
  • Concretagem da área interna para melhorar o ambiente de trabalho no interior do depósito e re-estruturação da oficina.
  • Demarcação e criação de um caminho para visitação do depósito após concluída a reforma.

Além da reforma do depósito, os trabalhos de restauração do complexo ferroviário envolvem:

  • Reforma das áreas da estação sob responsabilidade da ABPF
  • Criação de um pequeno museu ferroviário na estação após reforma
  • Reforma e restauração da caixa d’agua para abastecimento de locomotivas
  • Modificações e melhorias na linha do pátio ferroviário para otimizar sua utilização
  • Reforma da casa da turma de via, utilizada hoje como alojamento pela turma de via permanente e equipagem do trem.

Um item importante a se destacar é que o depósito sofreu diversas modificações ao longo de sua existência, como, por exemplo, modificação dos portões para permitir a entrada de locomotivas maiores, substituição das janelas de madeira por barras de metal, expansão do depósito, etc.

Alguns itens são inviáveis para se restaurar como no projeto original, um exemplo são os portões, pois se voltarmos ao tamanho original, o material rodante hoje em uso pelo Trem da Serra da Mantiqueira não vai mais poder entrar no depósito, pois é muito maior que o material rodante utilizado nos primeiros anos da ferrovia Minas e Rio.

A seguir, algumas fotos do trabalho feito até o momento, que além do madeiramento novo do telhado, inclui a troca de todas as 12.000 telhas:

Aspecto do depósito no inicio dos trabalhos, observe o telhado já sendo removido

Aspecto do depósito no inicio dos trabalhos, observe o telhado já sendo removido


Detalhe da remoção do telhado antigo e da nova estrutura

Detalhe da remoção do telhado antigo e da nova estrutura


O depósito praticamente já todo destelhado

O depósito praticamente já todo destelhado, observe a pilha de telhas novas


Vista do outro lado do depósito, já com novas telhas sendo instaladas no lanternim

Vista do outro lado do depósito, já com novas telhas sendo instaladas no lanternim


Novo telhado completo

Novo telhado completo


Vista do outro lado do depósito com o novo telhado

Vista do outro lado do depósito com o novo telhado

 

Remoção do Revestimento Antigo

Como pode ser observado nas fotos anteriores, foi feita também a remoção do revestimento das paredes para se estudar a possibilidade de retornar o depósito a sua característica original, ou seja, sem revestimento de cimento, mas com tijolos a vista.

Até o momento este projeto não tem se mostrado totalmente viável, devido as dificuldades em se remover o revestimento sem danificar os tijolos, no momento estão sendo analisadas alternativas.

Remoção do reboco feito pela RFFSA para análise da situação dos "tijolinhos"

Remoção do reboco feito pela RFFSA para análise da situação dos “tijolinhos”

 

Inicio da Reforma da Locomotiva 327

Em Outrubo de 2012 foram iniciado os trabalhos de reforma da locomotiva 327, que vem trabalhando na regional desde 2001, logo após sua primeira reforma realizada na regional Sul de Minas. A locomotiva começou seus trabalhos em Cruzeiro no extinto Trem da Serra (não confundir com o Trem da Serra da Mantiqueira em Passa Quatro), sendo depois transferida para São Lourenço, onde permanece até os dias de hoje.

A 327 vai passar por uma reforma completa já aproveitando toda estrutura da oficina construída em São Lourenço, mas avisamos que os trabalhos na locomotiva 522 continuam em paralelo com os trabalhos da 327.

A seguir algumas fotos do trabalho inicial:

Locomotiva 327 antes do inicio dos trabalhos

Locomotiva 327 antes do inicio dos trabalhos

Detalhe da locomotiva

Detalhe da locomotiva

Tender da locomotiva 327

Tender da locomotiva 327

Como toda reforma, o primeiro passo é começar a desmontagem da locomotiva, no caso da 327 o trabalho foi iniciado pelas braçagens:

Desconectando as braçagens dos cilindros

Desconectando as braçagens dos cilindros

Cruzeta já removida

Cruzeta já removida

Cruzeta e paralelo já removidos

Cruzeta e paralelo já removidos

Componentes já removidos das braçagens

Componentes já removidos das braçagens

Com as braçagens removidas foi feita então a remoção da caixa de fumaça, futuramente a locomotiva vai ganhar uma nova e a remoção no inicio da reforma se faz necessário para que os mecânicos possam acessar o superaquecedor e fazer a sua remoção, para depois remover os tubos da caldeira:

Caixa de fumaça removida

Caixa de fumaça removida, observe os tubos do superaquecedor.

Detalhe da frente da locomotiva e do superaquecedor

Detalhe da frente da locomotiva e do superaquecedor

Aspecto do superaquecedor e espelho frontal

Aspecto do superaquecedor e espelho frontal

Vista superior do local da caixa de fumaça

Vista superior do local da caixa de fumaça

Com a remoção da caixa de fumaça, os mecânicos podem também acessar as conexões do truque guia com o longeirão:

Conexões do truque guia com o longeirão

Conexões do truque guia com o longeirão

Outro ponto importante da caldeira e que é um dos primeiros pontos a ser inspecionado em uma reforma é a região da fornalha, em especial por causa dos estais, que são os dispositivos que formam a estrutura da caldeira na região da fornalha, para tal, é iniciado a remoção do revestimento da caldeira e remoção de acessórios dessa região:

Aspecto da locomotiva antes da remoção do revestimento

Aspecto da locomotiva antes da remoção do revestimento

Remoção de componentes da região da fornalha

Remoção de componentes da região da fornalha

Removendo componentes e revestimento

Removendo componentes e revestimento

Aspecto da caldeira após remoção do revestimento

Aspecto da caldeira após remoção do revestimento, observe os estais, as “bolinhas” na superfície.

Revestimento quase todo removido, aqui é possível observar também o revestimento térmico, próximo a cabine

Revestimento quase todo removido, aqui é possível observar também o revestimento térmico, próximo a cabine

Contraste entre a área sem revestimento e a área ainda com revestimento

Contraste entre a área sem revestimento e a área ainda com revestimento

A parte da caldeira no interior da cabine também teve seu revestimento removido:

Aspecto da cabine, observe que o revestimento da caldeira já foi removido.

Aspecto da cabine, observe que o revestimento da caldeira já foi removido.

Além do revestimento, foram removidos também passadiços e tanques de ar comprimido, como podemos ver nas fotos a seguir:

Aspecto da locomotiva sem passadiço e tanques de ar

Aspecto da locomotiva sem passadiço e tanques de ar

Vista superior da locomotiva

Vista superior da locomotiva

Nas próximas postagens mostraremos mais detalhes da reforma da locomotiva, aguardem!

 

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Restauração da porta da fornalha da locomotiva 522

Continuando com nosso relato sobre a reforma da locomotiva 522, hoje mostraremos a restauração da porta da fornalha.

A porta da fornalha como o nome já indica é a porta por onde o foguista introduz na locomotiva os combustíveis usados para alimentar o fogo que aquece a caldeira, no caso das locomotivas da nossa regional é usado lenha, que é fornecido por fazendas de eucalipto reflorestado.

O primeiro passo como sempre é remover todo conjunto para que seja possível executar o trabalho, como podemos ver na foto abaixo:

Conjunto da porta da fornalha logo após ser removido

Infelizmente a porta da fornalha estava emperrada e a unica forma encontrada para solta-la foi cortando o pino da dobradiça:

Após cortar o pino da dobradiça

Detalhe da dobradiça

Removendo os últimos pedaços do pino da dobradiça

Finalmente a porta foi solta

Quadro sem a porta

Porta da fornalha após ser removida

Outro problema encontrado foi no quadro da porta da fornalha, que estava quebrado. Este então foi soldado e ganhou um reforço. Um fato importante é que neste ponto, pode ser usada uma solda comum, pois a porta da fornalha e o quadro não sofrem com calor da fornalha, pois ambas as partes ficam montadas por fora da fornalha e a porta possui uma chapa de sacrifício chamada de guarda fogo (que não aparece nas fotos) para protege-la do fogo:

Quadro no inicio dos reparos

Inicio da soldagem do quadro

Fazendo acabamento na solda

Detalhe do reforço instalado

Após todos os reparos é feita a pintura de fundo para proteger o metal enquanto ele ficar guardado nas oficinas aguardando a montagem da locomotiva:

Porta da fornalha após pintura

Quadro da porta após pintura

Detalhe do reforço e da solda realizada

Conjunto todo de porta e quadro

 
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Publicado por em 13 de novembro de 2012 em ABPF, Locomotiva 522, Oficinas de Cruzeiro, Restauração

 

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Recuperação dos feixes de mola da locomotiva 522

Continuando com nosso relato da reforma da locomotiva 522, vamos hoje mostrar o trabalho para recuperação dos feixes de mola da suspensão da locomotiva.

Aspecto dos feixes de mola logo após terem sido retiradas da locomotiva

Todas os feixes de mola das rodas motrizes

Condições dos feixes de mola

Como todo conjunto de tração da locomotiva já foi desmontado começa-se então a recuperação individual dos componentes. No caso dos feixes de mola, são todos desmontados e cada mola é inspecionada, se estiver em condições é re-aproveitada, caso contrário uma nova peça é fabricada.

Detalhe das condições das molas

Durante a limpeza e desmontagem é constado que os feixes de mola foram sendo recuperadas pela ferrovia original da locomotiva com o uso de peças irregulares e fora do padrão, assim podemos observar na foto abaixo como as molas fica assimétricas e com um aspecto bem irregular:

Aspecto irregular das molas devido ao uso de peças fora do padrão

Devido aos muitos anos que a locomotiva ficou parada, sujeira e ferrugem acumuladas, é praticamente impossível remover as molas das presilhas, então a solução é cortar as presilhas:

Presilhas cortadas

Como sempre, é feita uma boa limpeza para termos uma boa visão do aspecto de cada componente, após limpeza são feitos diversos ensaios para se montar as molas da forma adequada e se re-aproveitando as partes possíveis:

Molas montadas de forma correta

Quando alguma mola não se encontra no padrão de qualidade desejado é preciso fabricar uma nova:

Ajustando nova mola

Após muito trabalho, o quebra cabeça todo é montado, observe como as molas estão muito mais simétricas:

Conjunto de molas montado novamente

Após concluir a montagem das molas e estas chegarem em um estado satisfatório e dentro do nosso padrão de qualidade, é feita a limpeza final para as molas serem guardadas até a montagem da locomotiva:

Molas prontas

 
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Publicado por em 25 de setembro de 2012 em ABPF, Cruzeiro, Locomotiva 522, Oficinas de Cruzeiro, Restauração

 

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